segunda-feira, 3 de abril de 2017

Queda de Cabelos em Mulheres

 Queda de Cabelos em Mulheres


Esse é um problema típico da mulher moderna, e as causas são as mais diversas que muita mulheres tentam esconder com cortes de cabelo feminino.

A boa notícia é que existem vários tratamentos que reduzem ou acabam de vez com o problema.

Mulheres sofrem cada vez mais com a queda de cabelo, viram a queda melhorar depois que se submeteram a dois tratamentos que resultaram em crescimento do cabelo rápido com novos fios grossos sedosos e brilhantes.





É normal cabelo cair mas, dependendo da quantidade de fios, a situação pode trazer desespero. Principalmente se as pessoas afetadas forem as mulheres.

Foi o que aconteceu com a empresária Jorgeth Duarte. Há cerca de um ano, ela começou a perceber que vários fios estavam no chão de sua casa.

“Sempre gostei de cuidar do meu cabelo, que sempre foi volumoso. Quando vi que ele estava caindo, fiquei desesperada. Percebi, inclusive, alguma falhas. Dava para perceber”, conta.

Sem saber a causa oficial do ‘problema’ - que pode ser várias, como emocional, a idade e até os hormônios - Jorgeth procurou tratamento.

Ela se submeteu ao Microinfusão de Medicamentos na Pele (MMP) e ao LED (luz emitida por diodo) capilar.

O primeiro é uma das técnicas mais avançadas para o tratamento de calvície. Ele permite que os princípios ativos ajam de forma mais profunda e rápida, retardando ou interrompendo o processo de queda dos cabelos.

O equipamento utilizado neste procedimento realiza microperfurações no couro cabeludo e, ao mesmo tempo, faz a infusão de medicamentos.

Já o LED infravermelho tem como principal função fortalecer e estimular o crescimento dos fios.

Com sessões que duram cerca de 30 minutos, o tratamento melhora a circulação e a densidade do cabelo, reduzindo a queda e reestruturando os fios. Ainda contribui com a hidratação e a nutrição do cabelo.

Até hoje ela passa pelo o procedimento duas vezes por semana. “Logo depois que comecei o tratamento percebi a redução da queda. Hoje em dia já estou com um cabelão, mas continuo tratando”, conta.



Tratamentos

Aos 51 anos, a bancária Ana Maria Sardin também teve problemas com queda de cabelo. “Meu cabelo sempre foi extremamente seco. Mas só comecei a me preocupar depois dos 40 anos, quando ele começou a ficar com falhas e bem mais ralo”, conta.

A queda maior dos fios começou após o falecimento da mãe. “Não sei se tem a ver com o lado emocional. Mas fiquei preocupada porque minha mãe também teve o mesmo problema de queda. Sou vaidosa”, conta ela que também tem excesso de hormônio masculino.

Para amenizar o problema ela procurou um tratamento a laser. “O tratamento é um pouco dolorido, deixa o couro cabeludo um pouco ardido, queima um pouco”, relata. Mas ela está fazendo há seis meses e já começa a perceber o resultado.

“Vi que o cabelo deu uma encorpada, os fios do cabelo cresceram rápido. Hoje eles caem bem menos. A mulher, em nome da vaidade, aguenta algumas dores”.

De acordo com a dermatologista Alessandra de Melo, notamos o aumento na queda durante o banho, no travesseiro, quando penteamos os cabelos ou ainda quando aparecem as famosas entradas ou falhas.

As causas para o problema são muitas, mas a predisposição genética é o principal fator, tanto no homem quanto na mulher.

 O cabelo da bancária Ana Maria Sardim começou a cair após os 40 anos:

“Ele passou a ficar com falhas e bem mais ralo, foi horrível”

O cabelo da bancária Ana Maria Sardim começou a cair após os 40 anos:

“Ele passou a ficar com falhas e bem mais ralo, foi horrível”






Entre as causas mais comuns de queda de cabelos em mulheres, segundo a dermatologista Anamélia Frizzera, estão a anemia ou a deficiência de ferro no organismo, estresse, má alimentação, excesso de tratamentos químicos, alterações metabólicas ou dietas muito restritivas.

A testosterona provoca queda de cabelos tanto no homem quanto na mulher, mas nelas o padrão é diferente do deles. É a chamada alopecia androgenética.

No folículo dos fios do couro cabeludo masculino e feminino há a presença da enzima 5alfa redutase II, responsável pela transformação da testosterona em DHT, seu metabólico mais ativo.

“Os níveis dessas enzimas são mais elevados nos homens do que nas mulheres. Com o estímulo androgênico, já que no homem a testosterona é o andrógeno de maior concentração, ocorre transformação do pelo normal em um muito fininho.

Eles também diminuem de tamanho, afinam e ficam mais superficiais”, esclarece Alessandra.

Já nas mulheres o padrão é fronto-temporal, ou seja, a queda é mais na frente e no homem é todo couro cabeludo poupando a região occipital (parte de baixo do couro cabeludo).

Após investigação e descoberta da queda de cabelo, ela deve ser tratada. Quando se trata de alopécia androgenética, causada por fatores hormonais, é necessária uma intervenção com medicamentos, como a finasterida, o minoxidil e o 17-alfa-estradiol.

A finasterida ainda é o tratamento mais indicado para os homens porque é uma droga teratogênica, ou seja, altera a formação do feto em caso de gravidez.

Os médicos só podem recomendá-lo para mulheres na menopausa, laqueadas ou que não têm mais o útero. Outros tratamentos, como a intradermoterapia, que consiste na introdução de medicamento através de injeções no couro cabeludo, também são satisfatórios.

Assim como outros tratamentos disponíveis no mercado, como o LED, um laser de baixa potência que tem efeito anti-inflamatório, diminuindo a queda capilar.






 Dieta restritiva é uma das causas

 Ângela: “Percebi melhora em dois meses”

Normalmente, uma queda de 100 a 150 fios por dia é considerada normal. Quando ela supera esse número podemos pensar na queda além do comum. Lidar com uma queda de cabelo além do normal pode parecer difícil, mas o bom é que os efeitos são totalmente reversíveis. E as causas também são variadas, como a alimentação, por exemplo.

Ter quilos a menos em poucas semanas é o desejo de muitas pessoas. Cortar carboidrato, ingerir apenas sopas ou se alimentar com shakes passam a fazer parte da rotina de algumas pessoas. Mas a busca desenfreada pelo corpo ideal, sem orientação de especialistas, pode acarretar em muitos prejuízos, e um deles é a queda de cabelo.

A perda de muitos fios do couro cabeludo pode estar mais relacionada a alimentação do que se imagina. A dermatologista Karina Mazzini explica que uma dieta restritiva tende a provocar uma série de danos, dentre elas a queda de cabelo. Mulheres que perdem mais de 100 fios por dia - a quantidade depende do volume - deve ficar atenta e procurar um dermatologista para investigar a causa.

“O corpo humano, quando está com privação de calorias, vai dar preferência às funções vitais como batimento cardíaco e a respiração. O próprio organismo entende que o cabelo e as unhas, por exemplo, são secundários. Por isso, uma dieta balanceada é importante, para não gerar uma carência de ferro, zinco, sais minerais e outros ao organismo, levando a uma série de consequências”, explica a dermatologista.

Após meses seguindo dietas restritivas, a recepcionista Ângela de Paula Moraes, 30 anos, percebeu que os fios estavam caindo mais que o normal e resolveu procurar um especialista. Ela conta que após alguns exames descobriu que a falta de vitamina no organismo era a responsável pelo aumento da queda de cabelo.






“Fiquei muito preocupada quando vi meu cabelo caindo em excesso. Não sabia o que poderia ser. Fui orientada a fazer uns exames e após constatar a falta de vitaminas, iniciei um tratamento capilar e procurei uma nutricionista para me alimentar da forma adequada. Uns dois meses depois eu já percebia uma melhora”, conta Ângela.

De acordo com Karina Mazzini, o ideal é que a pessoa perceba se o cabelo está caindo mais do que o normal e procure um especialista para fazer exames. Atualmente, são várias as possibilidades de procedimentos e a normalização da queda não demora muito. Mas o ideal é que o tratamento seja feito com uma orientação nutricional, e que o paciente siga uma dieta balanceada.

O acompanhamento nutricional é apenas uma das orientações dermatológicas. Segundo a nutricionista Caroline Castiglioni, uma dieta balanceada evita o sintoma. “As dietas restritivas, sem acompanhamento, pode ocasionar não só a queda de cabelo, mas também enfraquecimento das unhas e outros sintomas. É importante que a pessoa tenha uma dieta balanceada e uma alimentação e usar suplementos para queda de cabelo como imecap hair, pantogar, follixin, etc...

A nutricionista lembra ainda que não são só dietas restritivas que podem causar a queda de cabelo. Fatores como estresse, excesso de vitamina A, distúrbio hormonais, hipotiroidismo, dermatites seborreicas, deficiência de zinco, deficiência de vitaminas do complexo B também são fatores.

E é no verão que a procura por tratamentos capilares aumenta nos consultórios. “No inverno as pessoas tendem a se alimentar melhor, e engordam um pouquinho, já na estação seguinte elas tendem a procurar dietas restritivas demais para emagrecer ou definir o corpo. Tem paciente que apresenta metade do volume do cabelo que tinha antes da dieta”, explica.





Outra dica valiosa da dermatologista é a prática de exercícios. “A atividade ajuda muito no tratamento da queda de cabelo porque uma das causas do sintoma é o estresse, e se exercitar relaxa, acelera o metabolismo”.

“A queda de cabelo aumentou bastante em razão do estresse da vida moderna” - Karina Mazzini, dermatologista

O primeiro passo é saber se a queda no paciente é algum problema causado por anemia e estresse, por exemplo, ou se é uma alopecia androgenética ou um hipotireoidismo. Para isso, é preciso solicitar uma série de exames, que incluem hemograma, hormônios da tireoide, ferritina, vitamina D e dosagens hormonais gerais (nas mulheres), entre outros.

Os exames irão identificar a falta ou o excesso de algum hormônio ou outro problema no organismo que possa influenciar a queda. Às vezes é preciso fazer uma biopsia do couro cabeludo para fazer essa diferenciação. Também analisamos a quantidade de cabelo que cai e se os fios de cabelo caídos estão quebrados ou contêm a raiz.

O exame geral do paciente deve incluir uma checagem de rotina para detecção de fios de cabelo partidos, bem como a realização de testes de tração de cabelo na parte de cima, nas laterais e na parte de trás do couro cabeludo.

A genética é o fator mais importante?

No caso da alopecia androgenética, a genética pode ser um fator determinante. Alguns homens, por exemplo, podem ficar completamente calvos em apenas cinco anos, mas em outros casos pode levar até 25 anos para definir seu padrão de calvície.





O tempo será determinado, principalmente, por fatores hormonais e genéticos. Já nas mulheres, a calvície ocorre de forma mais sutil. Entre as principais causas, estão a genética e a variação hormonal, que têm muito impacto no cabelo.

Além dos hormônios sexuais que se alteram durante a gravidez e o uso de anticoncepcionais, outros hormônios como os da tireoide ou suprarrenais podem influenciar a queda de cabelo nelas.

É possível resolver problemas genéticos com tratamentos e medicamentos?

O paciente não vai curar a alopecia androgenética, mas os tratamentos podem retardar o processo de queda, mantendo o cabelo. O sucesso do tratamento dependerá de vários fatores. Um dos principais é o grau da alopecia.

Quanto mais acentuado estiver, mais difícil será amenizar seus efeitos. A adesão do paciente ao tratamento também é essencial. Tenho pacientes que são rigorosos: fazem o procedimento na clínica e, em casa, usam de forma correta a medicação. Por isso, alcançam melhores resultados.

Temos visto mais mulheres com cabelos ralos, com fios mais finos, com o couro cabeludo aparecendo e os repartidos mais largos. A vida moderna pode influenciar nisso?

A vida moderna tem acelerado mais a queda de cabelo. A queda normal, entre 100 a 150 fios por dia, aumentou bastante em razão do estresse da vida moderna. As pessoas estão correndo mais e não se alimentam direito, o que reflete diretamente na saúde e na queda do cabelo.